quarta-feira, 28 de março de 2012

Reunião de Dário Saadi, com entidades médicas e Secretarias de Saúde, Segurança e PM discutem segurança nas Unidades de Saúde.



Veja matéria publicada hoje, 28/03/12, no Jornal Correio Popular:




Reunião discute segurança em postos de saúde

Encontro realizado na Câmara envolveu representantes de classe e secretários de governo; violência na pauta


Uma reunião na Câmara Municipal de Campinas na noite de ontem entre representantes
de entidades da classe médica e os secretários de Saúde e Segurança discutiu os constantes casos de violência sofridos por profissionais em postos de saúde de Campinas. Os discursos, em sua maioria, detectaram um problema complexo, que envolve desde os furtos e roubos registrados em postos até as agressões a profissionais, o que não depende apenas da ação policial.

Casemiro dos Reis Junior, diretor do Sindicato dos Médicos de Campinas e Região (Sindimed), afirmou que a discussão envolvendo a saúde nos postos de Campinas está atrasada e defendeu uma série de ações para reverter o cenário atual. Além do policiamento ostensivo e da instalação de câmeras de segurança, ele lembrou que a violência não está apenas na falta de segurança dos postos, que podem ser invadidos e roubados, mas na segurança dos próprios profissionais. “A nossa principal bandeira sempre foi o salário, mas
agora é a sobrevivência no local de trabalho”, afirmou.

Ele elencou uma série de ações propostas pela classe em 2004, em Ribeirão Preto, que reduziram os casos de violência em equipamentos de saúde, entre elas, a identificação de pacientes e visitantes por meio de crachás, a criação de cartilhas que mostram passo a passo como funciona a saúde da cidade, suas deficiências e seus atributos, e a conscientização da população referente ao atendimento de urgência. “Hoje, as filas só aumentam com a procura inadequada, o que contribui para casos de violência contra esses profissionais, seja física ou moral”, comentou.

O presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas, Clóvis Machado, afirmou que “a saúde está doente” e citou que a falta de verbas do governo federal, a falha na gestão administrativa e a falta de atenção da própria comunidade com o profissional de saúde e também do profissional de saúde com a comunidade, tem causado a crise. “Às vezes, não é só problema de policiamento, mas de solidariedade”, declarou. Ele afirmou ainda que a população não pode ser culpada pelas agressões a médicos e que “todos têm uma parcela de culpa” na situação que a saúde de Campinas enfrenta.

O Secretário da Saúde, Fernando Brandão, se comprometeu a estudar medidas para agir em cada comunidade. Ele afirmou que há casos de sucesso em Campinas, onde não há registros de violência, como no Campo Belo, mas afirmou que o problema é maior do que se imaginava. “Já iniciamos a instalação de alarmes, câmeras, há rondas policiais, mas vimos que só isso não é suficiente. Precisamos conhecer a violência no seu âmago”, disse. Para isso, ele prevê debates em cada região onde há postos de saúde para discutir o tema em cada posto de forma específica. “E esse debate irá trazer soluções na melhor
relação entre pacientes e profissionais da saúde”.


Também participou da reunião o secretário de Segurança, Sinval Dorigon, que afirmou que a Guarda Municipal (GM) concentra esforços em cinco pronto-atendimentos mais problemáticos, que em 2011 concentraram 70% dos registros de violência. São eles: São José, Padre Anchieta, Campo Grande Ouro Verde e Centro, este último desativado há duas semana. (Felipe Tono / Da Agência Anhanguera)



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