A manha do dia 20 de
maio de 2011 jamais será esquecida pelos Campineiros.
Uma operação policial
cumpria 22 mandatos de prisões temporárias de empresários e integrantes do
primeiro escalão da Prefeitura de Campinas, incluindo a 1ª dama e Secretaria
Chefe de Gabinete, Rosely Santos e o Vice-Prefeito à época, Demétrio Vilagra decretadas
a pedido dos promotores do Grupo de Combate ao Crime Organizado - GAECO, que
investigam fraudes em licitação na SANASA e corrupção na liberação de empreendimentos
imobiliários e antenas de telefonia celular.
Instalada Comissão
Processante na Câmara, a cidade acompanhou por 03 meses um vendaval de
denúncias de corrupção que a cada dia provocava mais revolta e horrorizava uma
população que até então avaliava, em sua maioria, positivamente a
administração.
Mesmo criticada pela
histórica postura adesista ao governo da maioria dos vereadores, a Câmara sente
a gravidade das acusações, a indignação e cobrança da sociedade manifestadas através
da imprensa e fortemente nas redes sociais da internet e cassa Hélio de
Oliveira Santos.
Investigado nas
mesmas denúncias, Demétrio Vilagra assume, e vê a imediata aprovação de
Comissão Processante e de seu afastamento. Alegando que os fatos e denúncias
são anteriores ao mandato, o Prefeito recém empossado consegue na Justiça a
suspenção da Comissão e de seu afastamento e permanece no cargo provocando na
cidade o amargo gosto da impunidade.
Depois das gestões
mal avaliadas de Jacó Bittar e Izalene Tiene, exceção aos 8 meses de governo do
Toninho em 2001, o PT chega pela 3ª vez nos últimos 20 anos ao comando do
município de Campinas, desta vez, pelas portas dos fundos amparado por uma
medida Judicial. Mas, sem credibilidade, o governo Demétrio tenta descolar da
administração Hélio como se fosse possível apagar o passado recente quando o PT
além do vice-prefeito ocupava 4 secretarias do governo cassado.
A avalanche de
denuncias de corrupção encontrou espaço na mídia nacional vinculando, no auge
da crise, o nome de nossa cidade à corrupção. Mas não somos a cidade da
corrupção! Somos um dos maiores polos de tecnologia do hemisfério sul, a cidade
com o 10º PIB do Brasil, líder em registro de patentes no exterior, a 9ª praça
bancaria do país. Nosso PIB é de R$ 27 bilhões e nosso comercio movimenta mais
de R$ 20 bilhões ao ano. Nossas universidades públicas e privadas são
referencias no ensino e na produção do conhecimento, o que nos torna polo de educação
e pesquisa.
Mas a riqueza maior
dessa metrópole não é sua realidade macroeconômica, mas sim a sua gente, que
trabalha, empreende, paga mais de R$ 10 bilhões de impostos ao ano e constrói
uma das cidades mais importante do país. Gente que protagonizou e exigiu a
resposta mais dura do legislativo, a cassação de Hélio e abertura de processo e
afastamento de Vilagra, mostrando que depois do vendaval a cidade, que soube
reagir, mesmo decepcionada sai fortalecida.
Dário Saadi
Vereador Líder do DEM - Campinas

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