segunda-feira, 1 de março de 2010

DÁRIO E A SAUDE DO JOVEM CAMPINEIRO

Câmara pretende instituir Programa de Combate ao Crack



Ver. Dário Saadi (primeiro à esq.)

Começa a tramitar na Câmara Municipal, projeto de autoria do vereador Dário Saadi (DEM) que pretende instituir em Campinas o Programa Especial de Combate ao Uso do Crack.

O objetivo é informar a população sobre os efeitos do uso da droga, que vem aumentando em Campinas e promover ações preventivas. De acordo com a proposta, a responsabilidade para a realização do Programa será do Executivo, por meio de seus órgãos competentes.

A prefeitura também fica autorizado a celebrar convênio ou parceria com entidades pública e não governamentais para desenvolver atividades nas Escolas Municipais. As campanhas sobre dependência química causada pelo uso do crack deverão acontecer continuamente em toda a Rede de Saúde da cidade.

O consumo de crack, droga antes associada apenas à pobreza e que agora alcançou a classe média, é considerada a mais agressiva, tem maior facilidade em causar dependência, além de ser mais barata, o preço varia de R$5,00 a R$10,00.

Saadi explicou que os efeitos da droga exigem uma abordagem especial, dentro dos programas do Município. “O crack é uma droga devastadora. A rapidez com que uma pessoa vicia é maior do que outras drogas. Para se ter uma ideia, o crack vicia geralmente na segunda ou terceira vez em que é consumido.

Ele tem acometido muitas crianças e jovens na nossa cidade e a recuperação é muito difícil, por isso eu entendo que dentro dos programas que o Município de combate as drogas, o crack tem que ter um programa especial”.

Segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas, o consumo de crack cresce no Brasil e um dos motivos é que muitos usuários de drogas injetáveis migraram para o crack após a epidemia de HIV.

No último levantamento nacional, realizado em 2005, mostrou que pelo menos 380 mil brasileiros fumavam regularmente a pedra feita com o subproduto da cocaína. No mesmo ano, de acordo com a pesquisa nacional do Cebrid, órgão da Unifesp, 0,7% da população entre 12 anos e 65 anos dizia ter provado a droga, quase o dobro do 0,4% registrado quatro anos antes.

Informações como essas levaram o Ministério da Saúde a criar um grupo de trabalho para elaborar um programa específico de tratamento do vício no SUS, que constatou que a droga é a segunda maior causa de procura por atendimento, só perdendo para a bebida.

Para virar lei, o projeto de Saadi ainda deverá ser aprovado em duas votações na Câmara e então encaminhado para a sanção do prefeito.

Texto: Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Campinas

Foto: A.C. Oliveira/ CMC
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